Marco soltou Pietro, o olhou e olhou, tentando encontrar em seus olhos aquele mesmo brilho de familiaridade que havia visto minutos antes, mas não, não conseguiu vê-lo novamente. Sem mais remédio que aceitar, ele tomou caminho para a porta e disse:
— Pietro, eu nunca quis... Nunca quis que isso acontecesse.
— Eu sei amigo, você não deve me dar mais explicações, vá tranquilo, eu estou em paz e você deveria fazer o mesmo.
Marco só lhe dedicou um leve sorriso e saiu do escritório, rapidamente saiu daquela casa e dirigiu para lugar nenhum específico, só precisava sair dali, o lugar estava o sufocando. Ia pela estrada acima da velocidade permitida, depois uma vontade imensa de vomitar o invadiu, encostou e vomitou tudo o que não tinha no estômago, abriu a porta do carro e tirou uma garrafa de água, enxugou a boca e novamente subiu no carro.
Marco tirou o celular e ligou para Federico.
— Federico, posso te ver?
— Pelo seu tom de voz, não foi muito bem, eu disse para você não ir sozinho