MELINA
Sozinha no silêncio agora doloroso da sala após Amarok sair batendo a porta, caí de joelhos no chão, sentindo o peito doer e meus olhos arderem. As lágrimas vieram com força, mas não de fraqueza, e sim de ódio e de exaustão.
De resistência.
Porque mesmo que Amarok me forçasse a me casar com ele, eu não iria ceder. Não importa quantas vezes fugisse e o Alfa me trouxesse de volta, eu nunca seria dele.
*
O céu estava coberto por nuvens espessas, como se o próprio tempo noturno estivesse de luto pelo que estava prestes a acontecer comigo. O ar frio e cortante da floresta parecia pesar sobre meus ombros como um pesadelo sombrio, enquanto me encontrava vestida em um vestido de noiva e usando um véu, que Amarok já tinha comprado para mim.
Descia a trilha de pedra em direção à aldeia contra a minha vontade, com os meus pulsos presos por correntes que brilhavam sob a lua cheia. Cada passo forçado que eu dava em direção ao altar ecoava em minha alma como um pedido de socorro.
Dois gua