— Eu vou deixar que você, Meyer, escolha quem vai morrer primeiro. — Silva disse agora me encarando.
Eu o encarei e voltei a encará-la, como quem entendeu o recado. Ela tossiu, novamente movimentando as mãos. Um sinal rápido e discreto que passaria desapercebido pelo movimento de seu corpo enquanto tossia. Com o dedo indicador girando três vezes, ela sinalizou para que eu enrolasse.
— Vamos negociar! — Falei agora encarando o Silva.
— Agora você quer negociar? — Ele riu.
— Quero. O que você quer? É só dizer... — Falei.
— Depois de queimar meu laboratório e matar muitos dos meus homens? — Ele me encarou agora com olhos estreitos.
Assenti.
— Você é realmente surpreendente. — Ele riu novamente. — Não vamos prolongar isso. — Ele foi agora para frente do Adam. — Você escolhe, quem você quer ver morrer primeiro?
Seu olhar me mostrou o erro. Ele estava longe demais. Ela me encarou apontando a corrente discretamente com a sobrancelha e então o encarou.
— Tenho uma proposta. — Falei.
— Ora ora