JASMIM
Deixei meu corpo relaxar quando ele gesticulou para que os soldados montassem guarda ao lado de fora.
— Você está bem? — Ele disse agora me encarando.
— Oi tio. — Eu sorri, assentindo. — Ai está! — Falei apontando para o corpo morto do Silva.
Ele riu.
— Me convença. — O general disse observando o corpo.
— Um dos maiores fornecedores de Ecstasy do Brasil. Seqüestro de uma militar. O resto o Senhor desenterra. — Eu disse dando dois tapinhas no peito do general.
— Por que ele está morto? — Meu tio estreitou os olhos em minha direção.
— Cá entre nós... Porque ele me socou. — Dei de ombros cruzando os braços. — Oficialmente... Criminoso resistiu à voz de prisão. Legitima defesa. O que não deixa de ser verdade.
— Você não muda... — Ele resmungou. — Devo me preocupar? — Perguntou agora com a expressão ficando séria.
— Não. — Falei tentando soar convincente.
— Família Meyer? Sério? — Ele me encarou. Sua voz por alguns instantes pareceu estar me advertindo.
— Entendi. — Eu assenti. — Q