Não era muito longe da casa de Celina, um barracão grande com dois escritórios. Elas foram entrando, estava tudo fechado, aos sábados a confecção não funcionava. Havia mais de dez máquinas de costura. Celina foi explicando a rotina da equipe, mostrando setor por setor, até que pararam na sala dela. Contou algo que Kassandra não sabia: os pais lhe deram um ano de ajuda financeira para se virar e, a partir dali, sustentar-se sozinha e gerar lucro com a confecção, já que eram contra a ideia no começo.
Embora fossem bons pais, não davam muita moleza para filha Celina com jeitinho, perguntou como estavam Kassandra e Rubian. Kassandra respondeu, sentida:
— Não sei se um dia melhora, sabe? Ele é rancoroso. Passei a gravidez inteira sozinha enquanto ele estava solteiro, solto no mundo. Agora, ele trata como vilã.
Celina riu sem graça:
— Acho que, na vida, eu sou o Rubian. Eu guardo mágoas, não consigo esquecer. Morre aqui, tá? Sou louca pelo meu ex. Se ele me manda mensagem agora, eu invento