Depois de desligar o telefone, Natália chamou a polícia, e dez minutos depois os oficiais chegaram e convenceram o senhorio e sua comitiva a se retirarem.
À medida que os sons de maldições iam se dissipando, o sono dela desaparecia. Sentou-se de pernas cruzadas no sofá e começou a buscar uma nova moradia em um site.
A situação havia se deteriorado tanto que ela definitivamente não ficaria ali por mais tempo.
Estava prestes a conferir os detalhes de um imóvel interessante quando um número internacional desconhecido ligou.
Natália não tinha amigos no exterior e, em circunstâncias normais, ela teria considerado aquilo uma tentativa de fraude e desligaria, mas desta vez...
Ela observou a sequência numérica por um longo tempo, quase permitindo que a chamada caísse na caixa postal antes de finalmente deslizar o dedo na tela e atender.
- Alô?
Do outro lado, veio a voz familiar, e ao mesmo tempo estranha, de Rodrigo:
- Natália, sou eu, seu pai.
Ela já suspeitava, e perguntou impaciente:
- O