Naquele instante, a respiração de Rodrigo tornou-se subitamente pesada.
- Natália, quem te mandou fazer o teste de DNA? Você prefere acreditar em uma máquina do que no seu próprio pai?
Natália, segurando um envelope de papel pardo, olhava contra a luz do teto, tentando enxergar o conteúdo através da embalagem.
- Você diz que tenho um padrasto porque ganhei uma madrasta, ou sempre tive um padrasto?
Rodrigo respirou fundo e disse:
- Natália, eu sei que sua tia não te deu muita atenção todos esses anos e sua relação com Ivone é ruim. Você tem todo o direito de me culpar, mas isso não significa que você possa duvidar de ser minha filha de verdade...
- Eu também penso assim, por isso fiz o teste. Aproveitando que você me ligou, vou ler o resultado.
- Natália... - Rodrigo a interrompeu, sua voz tão alta que o tom mudou.
Para que ele ouvisse melhor, Natália rasgou o envelope de papel pardo, ignorando a longa análise incompreensível, e focou diretamente no resultado do teste.
- Resultado do te