Douglas guardou o telefone e, sem olhar novamente para Natália, virou-se e sentou-se no carro.
Natália, um passo atrás, ouviu o homem já impaciente, perguntando:
- Por acaso, preciso abrir a porta para você entrar?
Apesar do tom severo, não se percebia muita raiva nele, parecia mais como se estivesse desabafando uma mágoa.
Natália bateu na própria testa, a pele atingida logo ficou vermelha, dava para ouvir a força do tapa pela voz.
De fato, o frio congelava sua capacidade de perceber emoções. Era absurdo ela pensar que Douglas se sentiria magoado.
Ela abriu a porta do carro e sentou-se, seus olhos varreram o painel entre o motorista e o passageiro, e ela não pôde deixar de massagear o pescoço dolorido.
Aquela posição desconfortável, será que foi apoiada em Douglas?
Douglas notou seu olhar:
- Se soubesse que você é tão ingrata, não teria oferecido meu ombro para você se apoiar.
Natália ficou em silêncio por alguns segundos, então perguntou:
- Então foi você que colocou minha cabeça no