Após ouvir o que Nina disse, Vitória despertou completamente.Ela perguntou, confusa:— O que aconteceu com Paulo?— Ele se machucou, parece sério. Está no hospital agora. Não conheço mais ninguém aqui, só pude ligar para você. Vitória, você consegue vir aqui?— Sra. Nina, não se preocupa, estou indo aí já, já.Vitória se vestiu rápido e estava pronta para sair, mas Hanna a parou:— Por que você não come alguma coisa antes de ir? Ainda está cedo.Vitória beliscou algo rapidamente e pegou um pão para comer no caminho.Ela pegou um táxi direto para o hospital e ligou para a mãe de Paulo quando chegou:— Sra. Nina, estou aqui, vocês estão na emergência?— Não, estamos no setor de internação, no quarto 302. Venha para cá.Vitória achou estranho: "Não disseram que ele estava em estado grave? Como já está na ala de internação?"De qualquer forma, já que estava lá, Vitória foi até o quarto no setor de internação e viu Paulo encostado na cabeceira da cama, com a perna engessada e o rosto incha
A noite passada havia sido particularmente longa para ele. Depois de ser desmascarado pelos irmãos de Vitória, se sentiu envergonhado e irritado, mas ficou pensando em como elogiar ela secretamente para conquistá-la.Afinal, ele acreditava que todas as mulheres precisam ser bajuladas.Porém, mal havia caminhado alguns passos, quando foi empurrado para dentro de uma perua e levado a um lugar sem luz do dia.Paulo nunca imaginou que algo assim pudesse ocorrer no mundo real, tinha visto aquele tipo de coisa apenas na televisão. No momento em que estava acontecendo com ele, percebeu o quão terrível era.Ficou preso e pedir ajuda foi inútil.Apesar de seus apelos, Paulo acabou sendo brutalmente espancado, sem compreender o motivo.Até que, no fim, quando pensou que morreria naquele local, o homem mascarado finalmente lhe disse:— Da próxima vez, se mantenha afastado da esposa dos outros! Caso contrário, não será apenas uma perna quebrada.Quando Paulo despertou, já estava deitado na rua e,
Vitória olhou para Paulo com um olhar culpado, tentando descobrir alguma pista nos seus olhos inchados e roxos sobre o que ele poderia estar pensando.Porém, no fim, desistiu, pois não conseguiu encontrar nada para observar.Ela, com cuidado, falou:— Paulo, não se preocupe, eu vou pagar os custos médicos. Foi só um mal-entendido, espero que você não culpe meus irmãos por isso.Vitória pensava que, se Paulo de fato culpasse seus irmãos, isso causaria problemas para eles.Ela não queria ser a razão de tamanha confusão para os irmãos, especialmente com a mãe de Paulo, Nina, que parecia ser uma mulher difícil de lidar. Suspeitava que, caso surgissem problemas, Nina certamente pressionaria muito para que seus primos fossem responsabilizados.Paulo ficou confuso por um momento. "Será que eu entendi errado dessa vez?"Ele se recordava claramente da advertência que recebeu da outra parte: "Mantenha distância da esposa alheia.""Será que eu entendi errado? Será que o que falaram foi: Mantenha
Vitória se sentiu culpada e se aproximou para ajudar a mulher de meia-idade que estava chorando:— Sra. Nina, não fique triste. Olha, é só um ferimento superficial, e vai melhorar com um pouco de repouso.— Já viu um ferimento superficial tão grave assim?— Sra. Nina, entendo como você se sente, mas não precisa ficar ansiosa e irritada, você precisa se cuidar. Quem vai cuidar do Paulo se não for você? Com seus cuidados, ele vai melhorar mais rápido.Era tudo o que Vitória podia oferecer como consolo.Nina estava sentada em um banco, segurando a mão de Vitória:— Vitória, que bom que você está aqui, senão eu não saberia o que fazer.— Fica tranquila, Sra. Nina, eu vou ficar aqui com você cuidando do Paulo até ele melhorar e sair do hospital.Ouvindo isso, Paulo, que estava do lado, observou atentamente a Vitória e, percebendo que ela era sincera, começou a fazer os seus cálculos.Depois de ter sido confrontado pelo irmão de Vitória na frente da escola no dia anterior, ele achou que não
Quando Dario ouviu aquilo, sua expressão mudou na hora, parecia não acreditar."A Vitória foi mesmo para o hospital cuidar daquele homem astuto?"Ele ajeitou a gravata e disse com desdém:— Ótimo, muito bom.Ele tinha acabado de repreender aquele homem, e logo depois a Vitória correu para o hospital para cuidar dele, parecia que ela não respeitava ele de jeito nenhum."Será que a Vitória realmente gosta do Paulo? Mas ela não disse que não gostava dele antes? Afinal, as palavras das mulheres são enganosas."O clima no quarto do hotel ficou congelante. Dario estava com uma cara fechada, e seu assistente estava tão assustado que não ousou dizer nada.Marcos sabia que contar aquilo para o Presidente Dario ia deixar ele irritado.Mas ele também sabia que, se não contasse e o presidente Dario descobrisse depois, ele com certeza seria demitido.Como dizia o ditado: “Melhor um sofrimento curto do que um longo”.Marcos olhou para o relógio e, finalmente, criou coragem:— Presidente Dario, hoje
A expressão daquela mulher se tornou um tanto desagradável:— Sr. Dario, foi meu pai que me mandou te procurar. Ele até me deu esse cartão do quarto e disse para eu tentar te seduzir. Mas eu não consigo fazer isso, então gostaria de conversar pessoalmente com você.Dario, sem expressão, respondeu:— Você não tem nenhum direito de conversar comigo.Ele olhou para o registro de chamadas que havia sido desligado e ficou muito irritado."Mulher desgraçada, ainda fala de ser infiel! Quando eu voltar, vou ter que dar uma lição em todos os homens que ela conhece!"...Do outro lado, após desligar o telefone e retornar ao quarto do hospital, Vitória ainda não estava calma.Paulo escreveu em seu caderno: [Quem te ligou?]Vitória hesitou por um instante antes de responder:— Foi meu ex.Quando Paulo ouviu o termo "ex-marido", ele ficou atordoado, como se tivesse lembrado das palavras ditas pelos homens que o atacaram naquele dia, e suor frio brotou em suas costas.No entanto, ele rapidamente se
Vitória, ao se recordar do prato de carne de porco frito, lembrou-se também da deliciosa preparação de Hanna.Contendo seu desconforto interior, ela rapidamente pediu um delivery e, olhando para Paulo, disse:— Já está tarde, vou voltar para casa agora.— Vitória, você já está indo? Não foi você quem pediu a comida? A gente pode comer junto.— Não é necessário, Sra. Nina, vou comer em casa. Além do mais, pedi só para uma pessoa, não vai dar para dois.A expressão de Vitória mal se manteve.— Ah, eu não como muito, vem comer comigo, não há problema. Meu filho ainda não terminou de comer, sobrou bastante carne, inclusive aquelas costelas de porco que você gosta. E ainda tem o caldo de galinha que sobrou. Vem tomar um pouco também. Vamos terminar essas sobras, assim posso preparar comida fresca para meu filho amanhã. Afinal, pacientes não podem comer comida reaquecida, não é?Apenas uma tola acreditaria nas palavras dessa mulher de meia-idade, que quase desmaiou de fome há pouco.Agora, N
- Parabéns, você está grávida de um mês e todos os indicadores estão normais. - Disse o médico.Vitória segurando o teste de gravidez, voltou para a luxuosa casa conjugal, sentindo como se estivesse sonhando. Ela estava grávida? Reuniu coragem para enviar uma mensagem ao marido, Dario Lopes: “Você vem jantar em casa esta noite?”A espera foi longa. Ele nunca gostava de ser incomodado no trabalho e ela temia não receber resposta, como tantas vezes antes.No segundo seguinte, o celular se iluminou. A resposta dele era fria: “Claro, há algo que gostaria de discutir.”Depois de receber a resposta de Dario, Vitória correu para comprar ingredientes e preparou uma mesa cheia de pratos. Ela colocou o teste de gravidez na mesa, mas achou muito intencional e acabou o virando para baixo.Ao entardecer, um carro preto de luxo entrou no pátio.Dario saiu do carro, o paletó pendurado casualmente no braço, alto e de traços fortes e escuros.- Dario, você voltou?Vitória correu para recebê-lo, t