Maria se apressou em se abaixar para recolher o que havia caído.
Porém, se apoiando em sua bengala, só podia usar uma mão, e essa mão já segurava um pacote de absorventes diurnos.
Então, ao pegar o pacote de uso noturno, o diurno caiu novamente.
Ao tentar recolher o absorvente diurno, o noturno escapou mais uma vez.
Ela ficou tão ansiosa que seu rosto enrubescia.
Foi nesse momento que uma mão grande e bem articulada surgiu, agarrando o pacote de absorvente higiênico no chão.
O colorido do pacote parecia especialmente fora do lugar naquela mão grande.
Maria levantou o olhar, nervosa, e viu Eduardo contemplando pensativamente o objeto em sua mão.
Sua vergonha se intensificou, e suas bochechas ficaram ainda mais quentes.
- Devolva... Devolva isso para mim - Pediu ela.
Eduardo olhou para o objeto em sua mão e depois para ela, seu rosto anguloso mostrando pouca expressão.
- Não é muito prudente sair exibindo estes dois pacotes, não acha? - Comentou ele, com voz fria, mas um leve tom