Presa em Seus Braços

Presa em Seus BraçosPT

Romance
Última atualização: 2025-07-16
Karolyne Moreira   Em andamento
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3.2Kleituras
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Resumo
Índice

Após sofrer um roubo envolvendo milhões de dólares e com o assassinato de dois de seus homens em uma de suas propriedades nos Emirados Árabes Unidos, o sheik Zahir Al-Samir também descobre que seu primo Omar Al-Kadar está envolvido como mandante. Em uma busca de justiça e vingança, ele consegue a localização da residência da única parente e filha de um dos criminosos, Katherine Cooper, que vive em Londres. Ele a sequestra com a finalidade de usá-la como refém para atrair o pai que é membro de uma quadrilha de terroristas. Inicialmente ele acredita que ela possa saber ou até está envolvida nos esquemas fraudulentos do pai em conjunto com Omar, mas com o tempo ele acaba descobrindo que ela é só uma vítima que foi deixada à própria sorte. Nesse período ele começa a se desenvolver sentimentalmente com ela. Unindo o útil ao agradável, ele se aproveita da situação de sua cativa para provocar a sua mãe, Aisha, que desde já muito tempo o pressiona para casar e lhe dar netos. Ele propõem Katherine em casamento, contra a vontade dela, mas que acaba aceitando no impulso e na pressão por já estar apaixonada por ele. O objetivo final é pegar os criminosos e ter um filho, tudo isso usando uma única pessoa. Keith!

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Capítulo 1

CAPÍTULO 1 - Primeira Temporada

LONDRES

Outubro de 2014

Katherine

Podia ver a imensa paisagem pela janela ao me levantar às sete. Naquela manhã chovia muito.

Havia um mês e meio que não sabia nada do meu pai, que sempre dizia viajar a negócios. Geralmente, ele demorava voltar uma semana no máximo, mas dessa vez era tempo demais, tinha algo errado e isso começava a me preocupar.

-O que será que deve ter acontecido?- Me perguntava constantemente.

Estava beirando às sete e quarenta e cinco da manhã quando terminei de me arrumar para ir trabalhar. Meu pai havia dito que eu não precisaria mais trabalhar e que ao invés disso poderia me dedicar a estudar a minha tão sonhada faculdade de psicologia. Mas não, o meu desejo era ser independente, tinha prometido para mim mesma que bancaria meus estudos e que no próximo ano entraria na faculdade.

-Olá Keith, pronta para mais um dia? -Atirou Brenda toda sorridente ao me ver entrar no enorme salão do hotel de luxo em que nós trabalhamos.

-Mas é claro que sim, devemos estar sempre prontas.- sorri para ela, mas reparei que ela sorria constantemente também. Era um sorriso diferente.

-E esse sorriso contagiante? O que será? Deixe-me adivinhar....humm...namorado novo?

-Como você sabe?

-Como se eu não te conhecesse. - Respondi. -Não é preciso adivinhar esta na cara.

-É isso mesmo amiga, já tem duas semanas que eu e o Isac estávamos saindo. Ontem ele me pediu em namoro...ai meu Deus... ele é um sonho de homem, não acha?

-Eu não acho nada, mas parabéns fico feliz por você.- Disse indo para o outro lado do balcão junto de Brenda.

-E você Keith? Até então, algum homem te interessou ?Pode contar que você sabe que em mim pode confiar.

-O que? -ri sem graça. -Brenda você sabe que eu não gosto de comentar muito sobre isso.

-Por que? Te constrange tanto falar de namoro?qual o problema de você arrumar um namorado?

-Brenda só você sabe dos meus motivos para não querer relacionamento com ninguém. -imediatamente me lembrei de Walace no mesmo instante.

-Eu sei, eu sei Keith, mas já passaram três anos, isso não pode te impedir de ser feliz, não é possível uma moça tão bonita querendo ser psicóloga e não pode superar um trauma vivido há anos atrás.

Walace sumiu de sua mente ao notar as palavras de Brenda.

-Será que podemos trabalhar sossegadas? - Havia irritação na minha voz, que não consegui disfarçar.

-Eu te adoro, muito, muito mesmo, você sabe como sou, então não fique bravinha comigo.- Brenda disse sorrindo retribuindo toda a minha grosseria com descontração.

Aqui derreteu o meu coração, e sorri e abracei ela também.

Brenda e eu nos conhecemos desde a infância. A amizade dela me ajudou em meus momentos mais difíceis e desafiadores da vida.

Eu tinha nove anos quando minha mãe morreu. Então meu pai se mudou às pressas para Londres, trazendo eu e meu irmão, Logan.

Conhecer Brenda foi a melhor coisa que me aconteceu naquele momento.

E como se já bastasse crescer sem a minha mãe, anos mais tarde passei por uma péssima desilusão amorosa, com Walace. Foi uma das piores experiências que tive na minha vida, pois descobri que ele era um homem casado que tinha esposa e filhos.

Na época enfrentei uma série de julgamentos vindos de seu pai, de seu irmão mais velho e da família de Walace. E lá estava Brenda para me consolar e me apoiar. Ela sim, eu considero como uma verdadeira irmã e tenho um imenso carinho e gratidão pela amizade dela de todos esses anos.

-Ei vocês duas ai? -Fez uma pausa -Ai não é lugar de se agarrarem e namorarem.

Nós viramos e deparamos com a figura descontraída e ao mesmo tempo séria de Thomas.

Thomas era nosso chefe e também era muito amigo nosso. Também gostava muito dele.

-Estavamos apenas contentes e comemorando por Brenda ter o tão sonhado namorado.- eu disse com um olhar zombeteiro para Brenda, soltando meus braços dela, e ela ficou vermelha parecendo estar envergonhada.

-É mesmo Brenda? Você não me disse nada. -Thomas reprendeu Brenda aparentando estar incomodado.

Notei que por algum motivo Thomas despertava um certo nervosismo em Brenda. Já havia reparado isso outras vezes, mas não comentei nada.

Fiquei entre os dois sem entender aquela troca de olhares de ambos. Eu não entendia, mas sabia que aquele silencio dizia muitas palavras.

Será que Thomas ficou com ciúmes? Será que talvez ele goste de Brenda?.

Pensei.

Mas prefiro me contentar com o meu silêncio.

Independente de tudo , Brenda quando se sentir confortável ela vai me dizer.

Eu não sou do tipo que me interesso pela vida alheia, pois eu detesto ser inconveniente e sabia que aquilo não era um assunto da minha conta.

EM ABU DHABI

Zahir

-Encontrou alguma pista?-indaguei me virando em sua confortável cadeira ao notar a presença de meu assistente de confiança, Nahan que entrava em meu escritório.

-Até o momento nenhum sinal dos golpistas, senhor.

-Diabos!!!- Disse batendo o meu punho com força na mesa- Como não encontraram ninguém? O que a policia disse?

-Que as investigações continuarão, senhor. E assim que tiverem mais pistas, testemunhas ou qualquer outra coisa lhe informarão imediatamente.

-Como Nahan? Como conseguiram me roubar uma quantia razoável, e sem ninguém ver?

-É senhor, realmente é bem difícil de acreditar. Mas se me permite eu tenho uma suspeita, porém não quer dizer nada.

-Que suspeita?

-O senhor sheik Omar Al-Kadar, seu primo.-Nahan fez uma pausa com receio, mas continuou. - Tariq o nosso informante me avisou que o via frequentemente em seu escritório conversando com homens desconhecidos e estrangeiros o que me pareceu bem suspeito, fora as vezes que também o via constantemente nervoso no telefone.

-Mas o que isso tem a ver Nahan? Onde quer chegar ,seja mais claro.

-Desde que ocorreu o rombo, o senhor sheik não comparece a Abu Dhabi. Tariq me informou que ele não voltou mais aqui.

-Esta me dizendo que Omar voltou para Bahrein?

-Exatamente senhor e lá ele permanece até então.

-Muito bem, continue com a sua investigação, Nahan, vasculhe tudo o que puder , que em breve descobriremos o motivo da sua partida.

-Sim senhor, e outra coisa , bem importante, descobri alguns nomes que podem nos ajudar a chegar no real culpado, James Cooper e Kaled.

-E quem é James Cooper?

-É um inglés, que constantemente estava nos Emirados.- respondeu Nahan.

-E quanto ao paradeiro dele?

-Sumiu do mapa senhor.

-E esse tal Kaled? Tem alguma informação?

-Nada, senhor.

-Nahan eu quero que você obtenha o maior número de informações sobre esses homens, pesquise tudo, tudo o que achar e traga até mim.

-Sim, senhor, agora mesmo.-disse Nahan saindo do escritório.

Zahir sabia o quão Nahan era competente e fiel,teria por volta de 28 anos,bera muito dedicado e leal ao trabalho e ao seu patrão.

A conversa com Nahan me fez recordar de há três semanas atrás, quando desapareceram 5 milhões de Dirham, equivalente a aproximadamente 1 milhão de dólares de uma de minhas propriedades. Eu possuo muitos patrimônios em variadas localidades, e meu dinheiro sempre foi bem protegido, até então.

Tenho zelo por todos os meus bens, porque foi uma herança deixada pelo meu pai Mohammed Al-Samir antes de falecer, que foi se multiplicando através de todo o meu empenho. E aquele rombo não ficaria impune, pois iria cobrar de qualquer maneira, sabia que era só questão de tempo para encontrar os responsáveis.

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