Em Obsidian
A manhã passou lenta.
No castelo de Obsidian, Van Smaill finalmente estava de pé, o peito dele ainda tinha a ferida enorme, rodeada por cane apodrecida e veias negras, latejando feito brasa, mas o corpo já não parecia mais fraco. Caminhava pelos corredores do castelo como um rei ressuscitado, ignorando os servos que tossiam pelos cantos, alguns caídos de febre, outros encostados nas paredes, suando frio, com feridas borbulhando por toda a pele.
Aquela era a condenação, e estava por quase toda parte, quase.
Menos no harém.
Van entrou devagar, o rosto sombrio.
Lá dentro, as mulheres estavam rindo, conversando, nenhuma delas doente, com a pele brilhando, o olhar cheio de vida. Apenas as trabalhadoras do castelo, as criadas, pareciam afetadas pela praga que tomava Obsidian. Van franziu a testa, sentiu o sangue ferver.
Uma das meninas, bem jovem, se encolheu ao vê-lo entrar. O alfa caminhou até ela, os olhos faiscando de ódio, brilhando em vermelho.
— Vocês estão de brincade