O relógio marcava quase três da manhã, o corredor da ala do beta estava escuro, só o luar entrando pela janela deixava o chão prateado. No quarto, Trash estava largado na cama, o braço pesado em cima de Juno. Os dois respiravam devagar, juntos, mas a insônia não largava fácil.
Juno virou de lado, puxou o lençol até o queixo, encarando Trash no escuro.
— Não consegue dormir também? — perguntou, a voz baixa, rouca de sono.
— Não — ele respondeu, mexendo de leve o ombro pra puxar ela mais perto. — Com esses visitantes da Fogo Negro aqui, só falta a alcateia virar um barril de pólvora.
Juno bufou, enfiando o rosto na curva do pescoço dele.
— Você acha que aquela mulher, a Elaina, vai tentar alguma coisa? Não sei… Eu acho ela tão estranha, Trash.
Trash ficou quieto um tempo, só ouvindo o silêncio do corredor.
— Não duvido nada. E aquele moleque, Tomas, tem cara de quem vai dar trabalho. Vi muito macho assim crescendo, não sabe perder, não sabe ouvir não, só quer marcar território.
— A M