O jardim estava silencioso quando Melia saiu da casa principal, o ar fresco era uma pausa bem-vinda depois de tantos dias pesados. O coração dela ainda estava acelerado desde que Cairus havia chegado, mas também sentia que havia uma esperança depois de falar com Tomas no jardim. Dormiu mal, acordou pensando no pai, agora de carne, osso e passado, e sabia que precisava conversar sozinha com ele antes que qualquer decisão fosse tomada.
Cairus estava perto do lago, sentado num banco, olhando para a água parada como se pudesse enxergar anos atrás só no reflexo. Ele usava roupas simples, mas não perdia o porte de alfa, ombros largos, olhar firme, mas naquele momento, só parecia um homem cansado.
Melia se aproximou devagar, hesitando, mas o pai a viu de longe e abriu espaço ao lado dele no banco de pedra.
— Vem, minha menina. Não precisa ter medo de mim — a voz dele era baixa, grave, mas suave de um jeito que derretia as barreiras dela.
Ela sentou, as mãos trêmulas no colo. Olhou para fren