O sol abriu o dia com aquela luz fria de quem ainda lembra da noite. No Vale Frio, a fumaça dos fogões subia em linhas finas, e a vila tinha o som bom de gente se movendo com calma e sem medo: botas no chão de terra batida, portas rangendo, vozes baixas dizendo “leva isso”, “não esquece aquilo”. Killer saiu da casa que Micail lhe emprestara ajeitando o cinto, o rosto sério e descansado. Lita já o esperava na varanda com uma caneca fumegante.
— Chá — ela disse, empurrando a caneca para ele. — Para acalmar os nervos e deixar você mais tranquilo, alfa, tudo o que passaram antes de chegar aqui foi bem dificil.
— Eu agradeço — Killer respondeu, bebendo um gole. O liquido quente desceu pela garganta confortavelmente, e estava bem doce. Ele ergueu os olhos para Lita, depois para Micail, que vinha pelo pátio com dois homens carregando sacolas. — Vocês salvaram a pele da minha gente, não vou esquecer disso nunca.
Micail assentiu, os braços cruzados, encarando Killer de igual para igual.
— A gen