Na fronteira entre Valtheria e Obsidian, a noite estava silenciosa, mas o vento que soprava de Obsidian levava para Valtheria um cheiro forte de sangue e maldade que impregnava tudo. A linha invisível que cortava os dois territórios continuava ali, intocada, mas por pouco tempo. Os guardas que patrulhavam ali perto, guardas de uma pequena plateia que respondia a Killer, mas tinha seu próprio alfa, caminhavam sem pressa, preguiçosos, já que normalmente nada acontecia ali.
Mas, naquela noite, foi diferente.
A primeira coisa que viram foi a poeira, baixando feito neblina, depois patas e rosnados, olhos amarelados queimando no escuro, um pequeno exército, as silhuetas dos Carnífices se desenhando na escuridão da noite banhadas pela luz prateada da lua. No centro, o rei que todos temiam, a criatura cruel que todo lobo sabia quem era. Enorme, com os pelos vermelhos quase com sangue, dentes afiados e uma enorme cicatriz no rosto que o tornava inconfundível.
Os guardas rosnaram, mas estava