Melia acordou com o coração disparado quando ouviu as batidas firmes na porta. Depois de voltar dos jardins com o coração acelerado e o gosto de Killer nos lábios, ela levou horas para conseguir pegar no sono e quando finalmente o fez, sonhou com ele.
Piscou algumas vezes, ainda atordoada, e se deu conta de que, pela primeira vez em dias, tinha conseguido dormir um pouco melhor, porque apesar de ter demorado para pegar no sono, conseguiu deitar na cama e fechar os olhos pela primeira vez desde que chegaram na Dentes de Prata.
A respiração ficou presa em sua garganta quando a maçaneta se mexeu e, com passos cautelosos, ela abriu a porta e encontrou Killer parado do outro lado, imenso, imponente, os ombros largos preenchendo quase toda a entrada.
Ele não disse bom-dia, não perguntou como ela estava. Apenas a olhou daquele jeito que misturava a seriedade e a intensidade então sua voz rouca soou, parecendo ecoar por todo quarto, mesmo que ele falasse num tom normal:
— Venha comigo.
Meli