Killer sentiu algo dentro dele se contorcer com a rejeição. Como ela podia estar tão apavorada? O vínculo era tão forte, tão palpável, que ele quase sentia dor física apenas por ouvi-la negá-lo daquele jeito. Como ela não sentia?
E então aconteceu.
O corpo de Melia parou de se debater por um instante. Um calor diferente percorreu sua coluna, subindo para o pescoço, para os olhos. Uma queimação súbita fez com que ela arregalasse os olhos e soltasse um gemido de dor e surpresa.
Killer também percebeu na hora. Ele se afastou um pouco, ainda segurando os braços dela, mas a observando com atenção. E foi então que viu.
Os olhos dela, não eram mais castanhos, porém, também não eram dourados como os de uma loba comum. Eram prateados. Um tom intenso e luminoso, que ele nunca tinha visto em toda sua vida. E Killer já tinha vivido tempo suficiente para achar que conhecia tudo.
— O que...? — Ele deu um passo para trás, surpreso de verdade. — Seus olhos...
Melia ofegava, tentando entender o que est