Melia apertou com mais força o copo entre os dedos, a respiração presa no peito enquanto olhava para o homem enorme parado bem no meio da sua sala. Não era possível. Ele não podia estar ali, no seu apartamento, no seu espaço. Aquele lugar era a única coisa que ela ainda tinha de segura, e agora ele estava ali, enchendo tudo com aquela presença sufocante, selvagem, animalesca.
— O que você tá fazendo aqui? — repetiu, a voz mais firme agora, apesar das mãos ainda trêmulas.
Killer apenas a encarou, o maxilar travado. Ele não tinha o costume de explicar nada, e muito menos de dar satisfações para alguém. Mas aquela garota não era qualquer uma.
Ela largou o copo na pia de qualquer jeito, fazendo a água respingar. Sem tirar os olhos dele, abriu a gaveta ao lado e puxou a primeira faca que encontrou. O metal brilhou na luz fraca da cozinha.
— Sai daqui. — A voz dela saiu baixa, mas carregada de tensão. — Eu tô falando sério, não chega perto de mim.
Killer olhou para a faca e soltou um riso cu