Fernando, ao volante, não disse nada imediatamente. O carro estava silencioso, exceto pelo som do motor e pela respiração irregular de Bianca. Ele a observava pelo canto do olho, um meio sorriso no rosto, sabendo exatamente o efeito que tinha causado. A tensão no corpo dela, os cabelos soltos colando-se levemente à pele suada, os lábios entreabertos… tudo gritava vulnerabilidade e desejo.
Sem se virar, ele falou, a voz baixa, provocante:
— Está se recriminando , não é?Por ter se entregado a mim ,mesmo dizendo que me odeia.
Bianca cerrou os dentes, tentando não responder. Mas Fernando continuou, sem se deixar intimidar:
— Se te faz sentir melhor ,eu também estou me recriminando por minha fraqueza, mas é mais forte que eu .
... Seii que é mais forte do que você também.— A voz dele arrastava as palavras, lenta, carregada de provocação.
Ela respirou fundo, desviando o olhar. — Não… não foi assim… — murmurou, mas a voz saiu vacilante, traindo a própria convicção.
— Foi exatam