Ela se aproximou dele, os dedos deslizando pelo braço de Raul com cumplicidade venenosa.
— E quando a poeira baixar… é claro que eu estarei lá, pronta para consolar Fernando, não é? — É claro. — Raul sorriu, satisfeito com o próprio jogo. — Você vai ter a chance de entrar no coração dele como o bálsamo depois do veneno. E eu… vou ser eleito de novo presidente do estaleiro e seguir desviando o que é meu sem ninguém perceber. Paola inclinou o rosto, os olhos semicerrados, carregados de maldade. — Só não esqueça do combinado, Raul. Eu quero a minha parte também. Ele riu baixo, frio, sem se abalar. — Vai ter a sua fatia, Paola. Apenas o suficiente para calar essa boquinha perigosa. Ela sorriu, mord