Do lado de fora, Laura estacionava o carro a poucos metros do local. Tinha chegado a tempo de ver Patrícia e Heitor desaparecerem nos fundos do galpão. Deixou o motor ligado, por segurança, e começou a explorar silenciosamente os arredores.
Sua atenção foi chamada por um leve ruído vindo de um dos cômodos trancados da antiga loja. Com o coração batendo desenfreado, empurrou a porta enferrujada e viu dois pequenos corpos encolhidos no canto, cercados por alguns brinquedos antigos e sujos. Joaquim e Pedrinho. Eles estavam juntos, abraçados, os olhinhos arregalados e assustados. Laura correu até eles, ajoelhando-se com rapidez e abraçando os dois. — Meu amor... meu filho... é a mamãe, estamos indo pra casa... vocês estão bem? Não se preocupem, a mamãe está aqui agora...E você Pedrinho