Levantou-se da cama, ainda com o peso da noite em seus ombros. Caminhou até o banheiro e ligou o chuveiro, deixando a água quente escorrer pelo corpo musculoso. Cada gota parecia lavar a raiva, mas apenas parcialmente; na verdade, aumentava sua frustração, lembrando-lhe da ausência dela ao seu lado. Seus músculos se contraíam sob o calor, a mente dividida entre o prazer da lembrança e a fúria pela teimosia de Bianca.

Depois de um banho longo e reparador, vestiu-se com cuidado, escolhendo uma camisa branca impecável e uma calça escura que marcava a linha firme das pernas. Cada gesto era meticuloso, uma tentativa de controlar o turbilhão que sentia por dentro.

Fernando sabia que precisava encontrá-la. Queria chamá-la para tomar café, conversar, talvez convencê-la a voltar para ele..

Mas, ao entrar no quarto que ela havia ocupado, foi imediatamente atingido por uma onda de fúria. O espaço estava vazio. A cama que antes abrigara Bianca estava feita, sem sinal da sua presença. A única