Naquela mesma manhã, Heitor acordou com a cabeça latejando. A enxaqueca era resultado direto da garrafa de uísque que ele praticamente devorou sozinho na noite anterior, afogado em dor, raiva e frustração. Após a cena horrenda que presenciara — ver Laura sobre Augusto, como se fossem amantes — ele foi direto ao clube de BDSM. Precisava extravasar. Precisava esquecer. Precisava apagar a imagem dela da mente.
Mas nem isso funcionou.
Nenhuma das mulheres, por mais belas, experientes ou provocantes que fossem, conseguiu arrancar dele uma ereção. Seu corpo simplesmente... recusava. Porque nenhuma era ela. Maldita Laura.
Ele acreditava que o pior daquela manhã seria a ressaca. Mas a dor de cabeça era um agrado perto do que o esperava.
Ao abrir os olhos, estranhou o movimento vindo do banheiro. Pensou que fosse sua governanta. Até que uma figura feminina surgiu na porta, envolta em uma toalha, enxugando os longos cabelos loiros com outra.
Patrícia.
Heitor gelou.
Ela exibia um sorriso