— Absoluta. Eu me lembro bem daquela sessão. Foi intensa, sim, como várias que tive. Mas ela usou a palavra de segurança. E assim que usou, eu parei.
Heitor fez uma pausa e depois continuou.
__Sempre parei. Ela só ficou obcecada depois. Começou a aparecer no meu escritório. Mandava cartas, e-mails, mensagens. Dizia que estava apaixonada. Que eu era o homem da vida dela.
— E você cortou contato.
— Completamente. Mandei os seguranças barrarem a entrada dela. Dei ordem pra que não a deixassem sequer passar do saguão.
Henrique assentiu, anotando mentalmente cada detalhe.
— Vamos precisar reunir essas informações. Ver se há registros das câmeras da empresa. Com sorte, conseguimos provar que ela o perseguiu.
Heitor virou o rosto para a janela, observando a cidade passando diante de seus olhos como um borrão.
— Faça isso, Henrique — disse Heitor, ainda encarando a cidade do outro lado da janela.
— Vá à empresa, levante os registros, imagens de segurança, e-mails. Tudo. Não quero