Foram poucas horas de sono e muitas horas juntos, nos curtindo do jeito que só a gente sabe. Fomos dormir quase de manhã, mas o instinto nos acordou cedo. É impressionante como tudo mudou para nós dois desde que os bebês chegaram. O corpo cansa mais, mas o coração parece sempre em alerta.
Quando abri os olhos, o Marcos estava sentado na cama, com o celular na mão. A luz da tela iluminava o rosto dele, concentrado. Assim que percebeu que eu tinha acordado, sorriu daquele jeito que sempre me desmonta.
— Eles estão bem — disse logo. — Dormiram com as avós. A Sônia falou que só acordaram, mamaram e voltaram a dormir.
Senti um alívio imediato… misturado com uma pontinha de decepção que nem eu sabia explicar. Uma sensação boba, quase infantil, de pensar se não sentiram minha falta. Acho que ele percebeu, porque largou o celular, veio até mim e me envolveu num abraço apertado, daqueles que acolhem mais do que protegem.
— Eles te procuram — falou baixo. — Só não choraram. Mas procuram.
Ri, me