Pérola sentia falta de Klaus, da intimidade que compartilhavam. Há muito tempo não tinha alguém para conversar de verdade, para lhe dar atenção e carinho. Ele, por sua vez, parecia distante, inquieto, balançando a perna sem parar, mal a olhava enquanto ela falava e respondia com monosílabos. A situação estava insuportável.
— Às vezes acho que essa fase nunca vai passar e sabe o que é pior? Saber que a culpa de tudo é minha e nada que eu faça vai trazer a minha mãe de volta. Só eu sei o quanto estou arrependida. Fiz tantas coisas idiotas, coloquei nosso relacionamento a perder, não fui sincera com você desde o começo. Eu nunca acreditei que a gente tivesse um futuro, sabia? Desde que te conheci achei que não ia dar nada, mas sinto tanto a sua falta, todos os dias! — desabafou Pérola, olhando para a televisão.
Klaus se aproximou, segurou seu rosto, fazendo-a olhá-lo, e a beijou. Foi um beijo intenso, com desejo. Pérola não hesitou em corresponder. Beijaram-se sentados no sofá, e ela sus