Salete cuidava de Miguel, que ainda estava enjoadinho e choramingava muito. Pérola tomou banho e pôs a roupa para lavar, um hábito que sua mãe a ensinara após um velório. Klaus foi para o banho logo em seguida. Pérola pegou Miguel e deitou-se na cama com ele, colocando desenhos com música para distraí-lo com as cores vibrantes. Ela estava exausta, lutando para não adormecer. Klaus saiu do banho e deitou-se ao lado deles. Pérola estava virada de lado, observando os dois, enquanto Klaus também se deitou de lado, fitando Miguel no meio deles. Ele começou a pegar na pequena mão do bebê e a conversar com ele, perguntando se estava gostando dos desenhos, se queria dormir ou mamar. Miguel, com apenas seis meses, ouvia e ria. Pérola disse a Klaus:
— Poderia ser o nosso filho, não é?
— Poderia, mas não é — respondeu ele.
— E se a gente tentar ficar com ele? Adotar? — sugeriu Pérola.
— Não existe mais "a gente", terminamos, esqueceu? — respondeu Klaus, sério.
Pérola ficou chateada e retrucou: —