O Oeste selvagem é um território sem lei, onde pistoleiros são conhecidos por sua impiedade e força brutal. Hael é um deles. Com uma personalidade forte e uma inteligência afiada, ele construiu sua reputação a partir de um passado trágico e de uma origem que o tornava diferente de todos ao seu redor. Lutou arduamente para conquistar respeito e, enfim, tornou-se Billy Walker, um dos pistoleiros mais temidos do Oeste. Seu curto período de férias chega ao fim quando uma jovem desesperada implora por sua ajuda. Reunindo seu bando, o fora da lei não imaginava que, além do perigo iminente, enfrentaria uma atração avassaladora que poderia mudar tudo. Isabella Portman é a dama perfeita, mas o que deveria ser uma temporada breve e feliz em sua terra natal transforma-se em um pesadelo. Seu pai, o xerife local, é levado por um grupo de bandidos perigosos. Em seu desespero, Isabella busca auxílio na única pessoa capaz de ajudá-la: o temível Billy Walker. Liliam Bennet, conhecida como Gata Selvagem, é uma mulher de sangue quente, temida e desejada por qualquer homem que cruze seu caminho. Filha do infame fora da lei apelidado Sem Alma, Lily conhece todas as estratégias de seu pai e de seu bando, sendo tanto o ponto fraco quanto a maior força deles. Mesmo relutante, ela não consegue resistir ao pedido de Hael para se unir à missão, ainda que acreditasse ter enterrado o amor que um dia sentiu por ele. Aviso: Conteúdo Adulto
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(Está história é uma ficção e qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.) O saloon estava cheio naquela noite. Hael, porém, já estava acostumado com o barulho: homens gritando, trocando ofensas e se embriagando até perderem a noção. Se sua vida se resumisse a apenas esses momentos, talvez ele se desse por satisfeito. Levou o copo de uísque à boca e engoliu o líquido em um gole só, ignorando a ardência na garganta. Então, uma briga começou. Ele revirou os olhos, irritado, e murmurou para si mesmo: "Será que é pedir demais uma noite de paz? Uma noite sem confusão?" Sem qualquer interesse em assistir à pancadaria que estourava atrás dele, serviu-se de mais uma dose, fechou os olhos e deixou-se levar por pensamentos mais agradáveis. Sonhou com uma vida tranquila, uma fazenda cercada de verde, gado no pasto e o som do vento ao longe. Casaria com uma mulher maravilhosa e, com a bênção de Deus, teria muitos filhos. Um sorriso involuntário formou-se em seus lábios. Era tudo o que Hael desejava — e precisava. Mas, como sempre, tudo que é bom dura pouco. Um baque à sua direita trouxe-o de volta à realidade. Ele abriu os olhos e virou-se a tempo de ver um homem caindo no chão, com outro em cima, desferindo socos furiosos. As mãos do sujeito que apanhava ergueram-se em sua direção, como se suplicassem por ajuda. Hael suspirou, levando o copo aos lábios mais uma vez. Sua paciência, porém, já estava por um fio. Quando o agressor agarrou uma garrafa da mesa de Hael para golpear o adversário, ele não hesitou. Levantou-se calmamente e aplicou um golpe certeiro na nuca do homem, derrubando-o desacordado em cima do outro. — Que desperdício de uísque... — murmurou ao puxar a garrafa de volta para si. Foi só então que ele percebeu o silêncio que pairava pelo salão. Antes que pudesse dar outro gole, sentiu algo se quebrar contra seus ombros. Hael soltou um suspiro alto e olhou para o sobretudo encharcado, exalando o forte cheiro de álcool. "Caralho", pensou, tentando conter a irritação. Ele não queria confusão, só desejava beber tranquilamente e descansar. Amanhã, partiria para outra cidade. Esse era o plano. — Seu filho da puta! Quem você acha que é para impedir um dos meus homens? — uma voz grossa soou, autoritária, vinda de trás dele. Hael respirou fundo e virou-se devagar. O homem que atirara a garrafa estava acompanhado por um bando inteiro. — E aí, cuzão? Não vai dizer nada? — zombou o líder, com um sorriso presunçoso. Ele ajeitou o chapéu, deixando o rosto mais exposto. — Ah, merda! B-b-billy Walker! — a voz do homem falhou, trêmula. Um burburinho se espalhou pelo saloon. Hael observou os rostos ao seu redor, alguns boquiabertos, outros apavorados. Ele não era conhecido por matar sem razão, mas a reputação de Billy Walker como um dos pistoleiros mais letais do Oeste era inquestionável. Sem hesitar, Hael fez um movimento rápido. Sua faca voou pelo ar e cravou-se na cabeça do líder. O corpo caiu ao chão, e o caos começou. Tiros, gritos e mais corpos se juntaram ao do primeiro. Era isso o que acontecia quando enfrentavam Billy Walker. ➷➷➷ A cadeia não era novidade para Hael. Uma vez ou outra, acabava passando algumas horas por lá. Dessa vez, no entanto, já fazia dois dias que estava preso. Era um recorde pessoal. Apesar disso, ele não se importava muito. Considerava o local um bom refúgio para relaxar. O único problema era o estômago vazio, que já começava a protestar. Ele olhou para as grades e viu o xerife sentado à sua mesa, dormindo profundamente com o chapéu branco cobrindo o rosto. Hael conteve um sorriso. "Esse cara não faz nada além de dormir", pensou, divertido, enquanto observava o homem assustar-se com o próprio ronco. O xerife levantou-se, pegou um prato ao lado da mesa e caminhou até a cela. — Aqui. Hael ergueu uma sobrancelha, desconfiado. — Se não quiser, dou aos meus porcos — disse o xerife, puxando o prato de volta. Hael suspirou, vencido pela fome, e pegou o prato. O cheiro era delicioso, e ele devorou a comida em questão de segundos. — Então, serei executado ou o quê? — perguntou, limpando a boca. — Ainda não decidi — respondeu o xerife, cruzando os braços. — Você causou uma confusão e tanto... mas, pelo que ouvi, não começou a briga. O homem suspirou, pensativo, e continuou: — Além disso, senhor Billy Walker, não quero confusão com o Sem Alma. Vou soltá-lo, mas só quando eu decidir. Hael deu de ombros. — Certo. Só espero que não demore muito, ou nem o senhor vai aguentar o meu cheiro. — Estou acostumado com gente da sua laia — rebateu o xerife, com um olhar cansado. — Enquanto estiver aqui, fique na sua. — O senhor é quem manda. Obrigado pela comida. Deitando-se na cama improvisada, Hael colocou o chapéu sobre o rosto e fechou os olhos. Não demorou a adormecer. ➷➷➷ Hael acordou com o som estrondoso de tiros, seu corpo entrou em alerta imediato. Ele levantou-se da cama improvisada, os olhos se ajustando à escuridão do ambiente. Pela pequena janela de sua cela, percebeu que já era noite. Mais gritos. O som de um corpo sendo arremessado para dentro da delegacia. Vários homens entraram no local, e Hael reconheceu imediatamente alguns deles. Ele se apressou a pegar o pano e cobrir o rosto, deixando seu chapéu abaixado o máximo possível para não ser notado, mas sem perder a oportunidade de observar o que estava acontecendo. — Xerife, onde está o dinheiro? — perguntou um dos homens, sua voz grave e ameaçadora. Era Jason Fox, o temido "Urso do Oeste", um dos pistoleiros mais conhecidos da região. Hael sabia muito bem quem ele era. Jason sempre o olhou com desprezo, principalmente por sua origem asiática. Quando Hael ainda fazia parte do bando de criação de Jason, o líder tentou eliminá-lo em um duelo. Hael o havia vencido, mas Jason sobreviveu, perdendo um dos olhos. Desde então, jurava vingança. Hael sabia que esse encontro era inevitável, mas não imaginava que seria tão cedo e, pior ainda, que aconteceria enquanto ele estivesse vulnerável, preso e desarmado. — Eu já falei que vou pagar, eu ainda não consegui — o xerife respondeu, visivelmente apavorado. — Não conseguiu? — Jason repetiu, com um riso amargo. Ele apontou a arma para o xerife. — Você acha que sou idiota? — Nunca — o xerife gaguejou, tremendo. — Por favor, me dê mais um tempo, eu pagarei tudo o que devo. Jason se aproximou, segurou o cabelo do xerife e enfiou a arma na boca dele. — Eu deveria estourar sua cabeça agora, mas meu amigo quer vê-lo vivo. Vamos ver o que acontece — o bandido disse, olhando em direção à cela de Hael. — Ei, você! — apontou a arma na direção de Hael. — Acho que ele está dormindo — disse o outro homem, ao lado de Jason. — Soube que o Billy está aqui. Mostre o seu rosto agora! — ordenou o homem, atirando contra a parede ao lado da cabeça de Hael, que permaneceu imóvel. Hael cerrou os punhos, mas permaneceu em silêncio. Ele sabia que se se revelasse naquele momento, seria um erro fatal. Ele não estava em posição de enfrentar Jason Fox e seus homens, e sabia que qualquer movimento precipitado poderia ser o fim. — Eu soltei o Billy Walker nesta manhã. Esse homem só é um bêbado — o xerife, desesperado, disse. — Pode ir embora, Jason, isso aqui não é o que você pensa. Jason ficou em silêncio por um momento, analisando a situação. Seu olhar percorreu o local até se voltar para a cela de Hael, e ele ponderou por alguns segundos antes de fazer um gesto afirmativo. — Tem razão, Billy jamais seria pego. Sem falar nesse cheiro horrível. Se sair daí, tome um banho, seu miserável — Jason zombou, virando-se para ir embora. — Vamos embora, já temos o que queríamos — o parceiro de Jason disse, puxando o xerife com ele. Quando os bandidos saíram, Hael soltou a respiração que estava segurando. Ele se recostou na parede da cela, aliviado por ainda estar vivo, mas sabia que esse confronto com Jason ainda estava por vir. Não seria o último, e ele estava pronto para o dia em que teria a chance de acerto de contas. Mas, por enquanto, ficou quieto, sem querer causar mais confusão. Ele sabia que a luta estava longe de terminar.Epílogo1 ano depoisA voz de Jake soava em uma canção enquanto os outros faziam coro e davam risada. Os homens do xerife ao fundo já estavam irritados com aquilo. Hael apenas abaixou a cabeça e riu.— É melhor abrir a porta para deixá-nos ir em paz, a não ser que queira morrer… — Jake apontou para Spencer para que ele continuasse a rima.— Por nossas armas pedindo por mais. — Spencer riu observando as caretas pela rima horrível.Um policial chegou perto e bateu com o marrete sobre a grade, mandando-os ficarem quietos. Já fazia um dia inteiro que estavam ali. Fazia tempo que o bando não se reunia desde que ele e Jake saíram, e quando finalmente aconteceu, combinaram de ir ao Saloon... e aí deu confusão.Como sempre… corpos no chão e tiros para todos os lados.E lá estavam eles presos até o momento.O barulho de tiros ao fundo soou entre toda a delegacia. Eles se levantaram no mesmo instante. Ouviram homens gritando e mais sons de disparos.Hael se aproximou da grade e viu sua linda, s
Os corpos estavam espalhados pelo chão. O bando de Billy, Liliam e do Sem Alma recolhia os mortos, colocando-os na carroça para levá-los ao deserto, onde as feras se encarregariam do resto.Não sobrara ninguém do bando de Richard. Hael observou o corpo de Jason Fox ser carregado. Aquele fora o primeiro a morrer por suas mãos no momento em que Liliam fora levada. Não quisera um duelo. Apenas justiça. E foi exatamente o que fez.Seus olhos vagaram pelo ambiente até encontrarem Lily, que conversava com Ryder diante do corpo sem vida de Richard.Soltou um suspiro e desviou o olhar para Jake, sentado nos degraus da varanda da fazenda. O amigo retirou um cigarro do bolso e o acendeu. Hael se aproximou.Jake lhe estendeu um cigarro, e os dois fumaram em silêncio, deixando a adrenalina da batalha se dissipar aos poucos.— Como está a ferida? — Hael perguntou, lançando um olhar para o braço enfaixado do amigo.— Foi só um arranhão. — Jake deu de ombros. — Não fui tão rápido dessa vez.— Acho q
— Aceite, isso é por tudo que fizeram por mim e pelo meu pai. — Bella colocou o saco de dinheiro na mão de Billy. O apito do trem soou ao fundo, indicando que a partida estava próxima. Eles haviam conseguido uma passagem para fora da cidade ao entardecer. Aquele trem os levaria até Houston e, de lá, poderiam embarcar em um navio até Nova York. Quanto mais rápido partissem, mais seguros estariam. — Não, a senhorita não me deve nada. — Billy sorriu e devolveu o dinheiro para ela. — Já fez muito por mim… por nós. — Ele puxou Liliam para perto, abraçando-a com um braço. — Você já é nossa amiga. Não tem como aceitar isso. — Mas… — Escute ele. Você realmente é nossa amiga, e nós não cobramos de amigos. — Lily sorriu e se afastou de Billy apenas para abraçar Bella. — Obrigada por tudo, Bella. Principalmente por nos ouvir. Eu gosto muito de você e, se algum dia quiser nos visitar, sabe onde nos encontrar. Você foi minha melhor aluna. Bella riu, emocionada. — Eu que agradeço. — Ela abaixo
( Alerta De Gatilho ) Hael a atirou de sua garupa com um sorriso no rosto. Ele não conseguia mais esconder sua felicidade e, para ser sincero, nem queria. Levou o cavalo para o estábulo da fazenda, ouvindo as vozes dos homens à distância, enquanto Lily checava Raio e Tempestade juntos.Ele tirou a sela do cavalo e a guardou. Depois disso, sem pressa, caminhou até Liliam e a abraçou por trás, puxando-a para si. Seu rosto encontrou o pescoço dela, e ele deslizou um beijo ali, sentindo o perfume suave da pele quente.Lily sorriu, levando as mãos ao cabelo dele e fazendo um carinho lento e gostoso.— Cansada? — perguntou Hael, sua voz rouca e próxima ao ouvido dela.— Um pouco… — Ela soltou um suspiro, inclinando-se contra o peito dele. — Mas estou faminta.Então virou-se, fitando-o com um olhar malicioso e cúmplice.— O que acha de comermos, tomarmos um banho juntos e dormirmos?— Dormir…? — Hael fez uma careta pensativa. — Não sei… tem outras coisas que quero fazer bem melhor do que do
Bella não conseguiu dormir durante a noite inteira. A preocupação com seu pai e com Lily a consumia. Embora Ryder tenha chegado mais cedo e dito que Billy foi atrás dela, aqueles homens pareciam perigosos demais. Um arrepio de medo percorreu sua coluna. Será que seu pai ainda estava vivo? A tempestade rugia lá fora, trovões ecoavam pelo céu como tiros distantes, e os clarões iluminavam a paisagem por segundos antes da escuridão engolir tudo de novo. A fazenda parecia menor naquela noite, abafada pelo silêncio inquietante. Ela fechou os olhos, mas tudo que via era a imagem do pai sorrindo para ela quando era criança, ensinando-a a dançar em cima de seus pés. "Sempre serei seu porto seguro, princesa." Mas agora, ele precisava dela. O barulho da chuva forte não ajudava a acalmá-la. Por várias vezes, se levantou para olhar pela janela, esperando ver um grupo de cavaleiros se aproximando. Mas nada. Antes mesmo do amanhecer, decidiu que não podia mais ficar parada. Vestiu uma d
Hael acordou primeiro, com a bexiga prestes a explodir. Como sabia dos problemas de Lily para dormir, fez o máximo de cuidado ao sair da cama para não fazer barulho. Foi até o banheiro improvisado, se aliviou e jogou um pouco de água do barril que estava ao lado.Ele deu uma risada ao ver o sabonete ao lado e passou pelo corpo rapidamente. Ao sair do banheiro limpo, terminou de se secar e voltou a deitar nu ao lado dela. Sorrindo, observou a expressão de Lily ao acordar."Até assim, toda amarrotada, ela é linda."— Bom dia. — Ela sorriu, colocando as mãos na boca para bocejar. — Quer dizer, nem sei se é bom dia.— Bom dia, minha Lily. Acredito que seja, sim. — Ele respondeu, puxando-a para um beijo.Lily se sentou na cama e se assustou, fazendo com que Hael também se assustasse.— O que foi, amor?— Meu Deus, eu consegui dormir sem problemas! — Ela se virou para ele. — Não tive pesadelos.Ele deu um beijo no ombro dela.— Depois de toda a ação vigorosa que tivemos por um longo tempo,
Último capítulo