Jogo das Máscaras

Lucas

Eu não voltaria para a mansão. Não cogitei. Não hoje. Talvez nunca mais. Também não olhei para trás. Segui direto até um hotel no centro, o mais impessoal possível. Queria anonimato. Frieza. Queria não pertencer a nada por algumas horas.

O recepcionista me reconheceu, é claro que reconheceu, eu era o braço direito dos Figueiredo. Mas minha expressão dizia: não pergunte, não fale, só me dê a chave. E ele entendeu.

O hotel era luxuoso demais para o que eu sentia.

Mármore, cristais, luzes suaves que deveriam transmitir conforto. Mas nada ali conseguia tocar o vazio que carregava dentro do peito.

O elevador subiu em silêncio. O quarto estava impecável, como era de se esperar de um hotel daquele porte.

Tirei o relógio e joguei sobre a cama juntamente com a carteira, o celular e encarei o teto, como se ele pudesse me dar respostas. Tudo me pesava. Como se cada objeto tivesse se tornado uma lembrança que eu queria apagar.

Entrei no banheiro, liguei o chuveiro e deixei a água cair
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