Camilla Scott
O restaurante para onde ele nos trouxe fica escondido entre os prédios da cidade, pequeno e acolhedor, com janelas grandes que ofereciam uma vista perfeita da neve caindo do lado de fora. As velas sobre as mesas lançavam sombras suaves nas paredes, criando uma atmosfera íntima que parecia ter sido feita sob medida para nós dois.
Sentamos em uma mesa no canto mais reservado, longe de olhares curiosos que nos olhavam com um pouco de medo ao perceber que estava ao meu lado. Benjamin parecia diferente esta noite, ele estava mais relaxado, quase despreocupado, talvez a nossa diversão no carro tenha surtido o efeito que desejava. O observava enquanto ele tirava o casaco e ajeitava o cabelo de um jeito casual que me fazia esquecer como respirar.
Durante o jantar, conversamos sobre coisas simples: como a neve sempre o fazia lembrar dos invernos da sua infância, as últimas notícias da fábrica de uísque e até mesmo sobre o livro que estava lendo. Mas havia algo na maneira como ele