Raul Carrillo
Na sala de interrogatório, Ching estava sentado, algemado a uma cadeira de metal. Seu rosto estava cansado, mas ele sorria. Era um sorriso que eu odiava, um sorriso de alguém que acreditava ainda ter controle.
— Então, você finalmente decidiu se juntar a nós? — ele disse com sarcasmo, me encarando enquanto eu entrava.
Ignorei. Peguei uma cadeira e me sentei à sua frente.
— Você sabe como isso vai acabar, Ching. Está em suas mãos decidir o quão difícil vai ser.
Ele inclinou a cabeça, o sorriso desaparecendo lentamente.
— Eu já contei aos seus homens o que eles queriam saber. Mas você, Raul… você parece querer algo mais.
— Quero saber tudo. Quem está por trás de você, por que fez isso? Onde estão os pais de Xuan? E quero agora.
Ele riu, mas dessa vez foi uma risada amarga.
— Você acha que sou o único problema aqui? Há pessoas muito maiores do que eu nesse jogo, Carrillo. Pessoas que você nem imagina. Sou apenas uma peça.
— Talvez. Mas você é a peça que temos agora. Então,