Benjamin Scott
Fecho os olhos apreciando o meu próprio toque em minha ereção, algo que não faço há muito tempo. Tento seguir todos os votos que fiz quando entrei para o sacerdócio e o fato de nesse momento ter sentido desejo pela mulher dos olhos tão azuis como o céu e sua pele tão branca como se fosse uma linda nuvem, me deixa assustado.
Aperto a minha ereção antes que a porta se abrindo me assuste. Viro na direção a porta e tento solto a batina para poder esconder a minha nudez de quem quer que tenha entrado no meu gabinete sem ao menos ter batido na porta.
— Posso resolver esse problema! — Sua voz suave combina muito bem para o seu rosto angelical.
— Não necessito de ajuda e gostaria que saísse do meu gabinete antes que acabe morto por tê-la aqui comigo sozinha! — Digo constrangido e preocupado com todos os outros convidados que estão lá fora.
— Me chamo Camilla Coppola e estou aqui para pedir algo a você e pelo que percebo minha presença o… — Ela diz e se aproxima de mim. — O afetou!
Não posso negar que ela não é uma garota linda…
Linda?
Os meus pensamentos com a beleza dessa garota está cada vez piores, não posso negar que ela tem algo muito atraente, mesmo que nesse momento a minha vocação começa a falar mais alto e me recordo que sou um Bispo.
— Por favor, saia agora! — Peço com o meu tom de voz mais rígido.
— Não, até que você me dê algo que quero! — Ela diz e dar mais um passo em minha direção.
— Garota, pelo amor de Deus, você fará com que me matem! — Exclamo deixando os meus ombros cederem.
— Meu pai insiste em me casar com um idiota, enquanto a minha irmã mais velha teve um excelente noivo, prefiro dar a minha virgindade para um homem de Deus do que para um homem que provavelmente vai me estuprar! — Ela diz de nariz erguido e posso ver em seu olhar, o medo e uma certa angústia.
— Você ficou louca, não te conheço e se não percebeu olhando para as minhas roupas eu sou um ordenado de Deus, não posso simplesmente fazer o que me pede! — Digo sussurrando. — Não posso fazer o que você quer, é perigoso para você e pior ainda para mim, agora por favor Camilla saia do meu gabinete, preciso me trocar.
Tento convencer a garota que estava na minha frente, mas acabo causando nela o efeito contrario e a vejo se aproximando ainda mais de mim, dou vários passos para trás, mas fico encurralado na mesa com ela na minha frente.
— Deixe-me aliviar a tensão que está sentindo… — Essa pequena demônio diz com as suas mãos alcançando o meu corpo.
Olho para as suas mãos assustado, mas desejando sentir o calor de sua pele ao tocar a minha…
Começo imaginar o que ela poderia fazer comigo ali no pequeno momento que estava dentro do meu gabinete, fecho os olhos assim que sua mão alcança a minha batina, como os pensamentos completamente contraditórios e sabendo que tudo isso é errado em graus e gênero.
Fecho os olhos com todas as dúvidas que rodeiam a minha cabeça, claro que não farei o que essa garota espera de mim, mas o desejo que a minha ereção exige fala mais alto que todas as minhas convicções religiosas, muito mais alto que os meus votos, abro os olhos quando a pequena diabinha estava a centímetros de alcançar os meus lábios.
— Deixe-me beijá-lo… — Ela sussurra e um roçar me desestabiliza.
— Não posso… — Digo sem convicção na voz.
Meu corpo estava implorando pelo seu toque, em saber se o sabor dos seus lábios eram tão doces como o aroma que agora estava presente em meu gabinete. Mas sinto quando a sua mão me toca sem pedir licença e com um desespero que não esperava.
Por cima da batina Camilla começa a me masturbar, sentir a fricção me deixar ainda mais irritado por não conseguir o que realmente desejava. Por um instante esqueço quem sou e o que deveria fazer e cubro a sua boca com a minha.
Passo uma das mãos por sua cintura e a outra coloco em sua nuca puxando ela em minha direção e a prendendo ao meu corpo, gosto quando sinto o seu corpo relaxando ao meu toque, sentia uma parte de mim lutando contra o desejo de por essa garota sobre a minha mesa e a possuir ali mesmo, mesmo sabendo o quanto isso tudo é terrivelmente errado.
Continuo travando uma luta entre nossas línguas, explorando sua boca como se fosse um túnel desconhecido. Deixo que ela continue me masturbando e sentia o meu ápice se aproximando, queria muito sentir o calor da sua vagina me apertando enquanto a lambuzava com o meu esperma.
Começo a diminuir a velocidade de meus beijos, sentindo a razão voltando aos poucos e o peso do crucifixo em meu pescoço apenas pesando ainda mais. Camilla suspirava tentando recuperar o seu folego enquanto apoio a minha testa na dela tentando encontrar uma desculpa que fosse para justificar o pecado que acabei de cometer.
— Preciso que saia do gabinete, preciso me arrumar e ir realizar o casamento lá fora! — Peço com a voz carregada de tesão.
— Só se me prometer que terminaremos isso aqui… — Ela diz com os olhos suplicantes e em uma teimosia que quase me faz revirar os olhos.
— Não posso, sou um Bispo e você é apenas uma menina… — Falo mais uma vez.
Dessa vez estava com as mãos ainda em seu corpo e podia sentir o quanto ela estava rendida ao meu toque, algo que nunca soube realmente o que era, já que vim para o seminário muito novo. Subo com mão que estava em sua cintura e toco com delicadeza em sua bochecha que estava corada.
— Já tenho quase quarenta anos, tenho praticamente a idade de ser seu pai, sem contar que sou um homem que não deveria nem estar tocando em você dessa maneira! — Digo com carinho.
— Tudo bem, se não será com você, escolherei qualquer outro! — Ela diz se afastando do meu toque.
No mesmo instante sinto o meu corpo ficando frustrado por não ter Camilla entre os meus braços o que me deixa ainda mais irritado é saber que ela pode se entregar a outro que não seu eu. Mais um pecado para ter que me confessar mais tarde.
— Não seja imprudente… — Começo a dizer quando ela se afasta e olha mais uma vez em minha direção.
— Tem um beijo delicioso, Bispo Scott! — Meu pau pulsa ao ver um sorriso surgindo em seus lábios.
Camilla vai até a porta, abre apenas uma fresta e sai me deixando sozinho, respiro fundo olhando para vazio que ficou e sinto o seu perfume pelo meu gabinete o que me deixa ainda duro pensando que poderia afundar dentro dela e ouvi-la chamando o meu nome.
Olho para o relógio acima da porta e percebo estar quase na hora de realizar o casamento do jovem senhor Carter. Pego a cueca que estava ali e me visto rapidamente, fico novamente impecável e saio do meu gabinete. Com a sensação de que todos estavam com os olho sobre mim, talvez alguém tenha visto quando Camilla entrou e saiu da sala.
Meus olhos percorrem por todos os convidados e percebo haver alguns deles cochichando, as peças que o meu consciente estava me pregando naquele momento chega ser até sufocante e desesperados. Posso até mesmo ouvir as gargalhadas do demônio por me fazer com que pecasse.
— Bispo, desculpa atrapalhar, mas quero apenas informar que o Cardeal Antony está muito debilitado, devo chamar um padre ou o senhor irá dar a extrema-unção! — A freira responsável pela ala médica me comunica.
Sinto um aperto no peito e olho na direção dos pais do noivo que percebem o quanto fiquei abalado nesse momento. Olho deles para a freira em uma dúvida cruel se dou continuidade ao casamento ou se vou até o Cardeal para encomendar a sua alma.
Se decidir ir até o Cardeal é um risco que Camilla tente me encontrar pelos corredores da igreja, o que é um risco para mim e principalmente para ela, já que parece fazer parte desse seleto grupo de pessoas.
— Algum problema Bispo! — Ouço a voz da senhora Carter atrás de mim.
Olho para a freira e sinto a dor da perda do Cardeal, que sempre foi o meu mentor e esteve ao meu lado quando não fazia ideia a onde pertencia, uma parte da minha infância que não gosto de lembrar.
— Temos uma Cardeal internado na ala médica da Catedral e vim informar ao Bispo se ele quer dar a extrema-unção ou prefere que chame um padre para isso! — Ouço a freira falar.
Fico tão abalado que o que aconteceu entre mim e Camilla é empurrado para o fundo da minha consciência. Com a decisão de me livrar logo desse povo decido continuar com o casamento.
— Se importa se iniciarmos o casamento, assim poderei me despedir do meu amigo? — Peço com a voz embargada.
O olhar da senhora Carter chega a gelar a minha espinha é como se ela não acreditasse no que havia falado ou como se soubesse que escondia alguma coisa dela, o que é verdade.
— A noiva já chegou, vou pedir para a cerimonialista começar então!
Tudo passa tão rápido que mal me dou conta que estava saindo do altar assim que declarei o nome dos recém-casados. Dou um olhar para a Camilla que estava no meio de pessoas que acredito ser seus pais e mesmo sentindo o meu corpo implorando para ter um toque dela e me reconfortar pela perda que acabei de ter, abaixo o meu olhar envergonhado e rumo para longe da garota que fez com que duvidasse da minha vocação.