O céu amanheceu em tons de cinza profundo, como se o mundo estivesse preso entre o tempo e o silêncio. As luas gêmeas não se recolheram — permaneceram visíveis, pálidas, como olhos que se recusam a fechar.
Aether acordou antes de todos. Seus olhos estavam diferentes, não brilhavam, mas pulsavam. Ele caminhou até o centro do santuário, onde o cristal do Observador permanecia imóvel. Ao tocá-lo, não houve luz. Houve som.
Um som que ninguém mais ouviu. Um chamado.
Aether caiu de joelhos, e pela primeira vez, chorou.
“Você é o elo. Mas não é neutro.
Você verá. Você sentirá.
E quando escolher, o mundo mudará.”
Enquanto isso, no campo de treinamento, Maya interrompeu os exercícios. Ela sentia algo estranho, como se o chão estivesse... tremendo. Luan também parou, olhando para o céu.
— Está tremendo? Ele perguntou.
— Não o chão. A realidade — respondeu Maya.
Vaalerian correu até o pátio principal, onde Lys e Alaric já estavam em alerta. Uma rachadura surgiu no ar, não co