Palácios de Vidro
Palácios de Vidro
Por: Rafa Cabral
Prólogo

Anos antes

O evento beneficente na mansão de férias da família Ferrari, reuniu muitos convidados importantes, como grandes empresários e famílias de renome. Incluindo as famílias Marini e Pellegrini.

Jorge Pellegrini estava acompanhado de sua primogênita, Amélie de 6 anos. Não era costume dele levar a menina para os eventos, mas pensou que seria bom que Amélie aprendesse desde cedo a participar e interagir nesses eventos.

Fernando Marini, por outro lado, veio juntamente de sua esposa Bianca e dos três filhos. Fernando e Bianca se orgulhavam dos filhos e tinham prazer em apresentá-los onde quer que fossem. Todos eram inteligentes e educados, além de serem muito bonitos.

Enquanto os adultos conversavam, as crianças brincavam e se divertiam no playground, cuidados por algumas monitoras. Amélie Pellegrini, brincava juntamente com as outras crianças, sem se importar em sujar o vestido caro que usava ou estragar as sapatilhas de marca, o penteado desfeito não lhe incomodava e até mesmo já havia perdido o acessório que o mantinha preso. Nem sempre possuía companhia para brincar e se divertia muito naquela noite. Porém, a menina machucou os joelhos na brincadeira de pega-pega. Sentindo dor, as lágrima logo começaram a cair, mas a menina se afastou das outras crianças para chorar, não queria virar chacota.

Enquanto isso, Ettore Marini, o filho do meio, que também participava da brincadeira, se cansou de correr. O cabelo já estava molhado de suor, o terno já havia se perdido e os sapatos sociais lhe apertavam os pés. Ele procurou algum lugar para se sentar e foi nesse momento que ouviu um choro baixinho, seguindo o som, que mais parecia um ruído, ele encontrou a pequena Amélie sentada na grama, com o rosto todo molhado pelas lágrimas e o joelho vermelho com um pouco de sangue, não passava de um arranhão.

Ettore se aproximou da menina, que ao perceber que não estava mais sozinha, limpou as lágrimas com as mãozinhas sujas de terra.

— Ei! Você está bem? — ele perguntou. Amélie sacudiu a cabeça dizendo que sim, mas o menino percebeu o ferimento e se ajoelhou ao lado dela. — Não está não. — ele tocou o joelho da menina para analisar o ferimento. — É só um arranhão, vai ficar bem logo logo. Espere um pouco.

O menino saiu correndo, e ao encontrar um pouco de água, molhou um lenço que trazia consigo e voltou correndo até a menina.

— Posso? — ele perguntou mostrando o lenço molhado, indicando que passaria no ferimento, Amélie consentiu e o menino limpou o ferimento, a menina sentiu ainda mais vontade de chorar, mas se segurou por vergonha. Ettore, tirou um curativo com desenhos de heróis do bolso e colou no ferimento de Amélie. — Eu sempre trago um curativo, minha mãe diz que eu sou desastrado. — ele sorriu olhando para os belos olhos quase verdes da menina. — Pronto, ele vai sarar rapidinho, não precisa mais chorar.

— Obrigada. — a menina respondeu tímida tentando limpar o restante das lágrimas.

— Deixa eu te ajudar. — ele se aproximou mais e limpou o rosto da menina com a parte limpa do lenço. — Prontinho. Eu sou o Ettore, qual o seu nome?

— Amélie. — a menina sorriu.

O pai de Ettore o chamou, pretendia ir embora pois sua filha mais nova não se sentia bem. O mais velho já estava ao lado do pai aguardando Ettore. O menino se despediu de Amélie e correu até o pai.

— Papai, eu vou casar com a Amélie. Mas ela ainda não sabe. — Fernando riu da inocência na fala do filho e eles partiram para casa.

*Está é uma história fictícia, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.*

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