Alguns dias se passaram, a saúde do meu pai estava instável e passei esses últimos dias em casa, fazendo companhia para ele ou estudando. A questão do casamento parecia estar sob controle e meu noivo simplesmente sumiu. Conversei algumas vezes com o Marcos durante esses dias, mas como acumulei algumas matérias, não tive muito tempo.
Em breve eu assumiria a empresa mineradora da família, uma das maiores do país e responsável por boa parte da exportação e venda de minérios e ouro retirados do solo brasileiro. Uma responsabilidade enorme, na qual eu me preparava desde pequena, eu sabia que não havia escapatória, a presidência da empresa era passada de geração em geração e eu sempre soube que minha vez chegaria. Eu só não esperava que seria no auge dos meus vinte e três anos. Era tanta coisa acontecendo que eu poderia ficar maluca.
Meu pai insistiu que eu participasse de uma reunião importante que aconteceria numa das sedes em Recife e eu me sentia preparada, mas ao mesmo tempo apavorada