Alexander entrou na sala de jantar pela outra entrada. Usava uma camisa azul-marinho de mangas arregaçadas e uma calça preta. Ao vê-la, esboçou um sorriso de canto, e uma sensação nova, quase estranha, floresceu em seu peito.
—Chegou na hora certa, malyshka. Bem-vinda —disse, acomodando-se à cabeceira.
—Obrigada —respondeu ela, sentindo-se deslocada. Sentou-se à sua direita, mantendo uma distância prudente—. Embora não tivesse outra alternativa —murmurou entre dentes.
Alexander ignorou o tom cortante das palavras. Pouco depois, Ludmila entrou, colocou os pratos de sopa diante deles e, após sorrir em boas-vindas para Emilia, retirou-se.
Começaram a comer em silêncio. Emilia sempre se impressionava com a impecabilidade dos gestos dele à mesa; não nutria preconceitos contra Sidorov, mas achava quase exaustivo sustentar modos tão perfeitos durante toda uma refeição. Nele, contudo, parecia natural, como se aquela elegância estivesse gravada em seus ossos, impossível de apagar.
Alexander a