Não esperava humilhação, mas em seu ouvido ecoou a voz grave e levemente repreensiva do homem:
- Não quero mais te ver correndo apressada.
Enquanto falava, Rafael colocava o pé de Jane no chão. Se ela demonstrasse um pouco de cuidado com a própria saúde, ele não a trataria dessa maneira.
Ele lançou outro olhar frio para o pé dela.
- Onde estão seus sapatos?
- Sapatos? Que sapatos?
Jane seguiu o olhar dele, só então lembrou-se de que, ao se levantar tão apressadamente, com o coração focado em encontrar esse homem, em protestar contra ele, em expressar a fúria que fervilhava dentro dela havia tempos, ela acabou saindo descalça do quarto.
Então... Ele estava checando seus pés?
Parecia absurdo... Ele seria tão gentil? Estaria realmente preocupado com ela?
A cama se moveu levemente, uma sombra escura se levantou à sua frente.
- Deixe-a pronta em meia hora.
Rafael levantou o pulso para olhar o relógio, deu a ordem com uma voz profunda e, tranquilamente, se virou para ir embora.
A expressão