ANYA DEVEREUX.
Entre dois que se anseiam, o desejo fala mais alto que qualquer barulho alto que povoa suas mentes.
E então…
Ele me beija finalmente.
Não é absolutamente um beijo calmo ou controlado.
Nem gentil, nem delicado.
Nem minimamente contido.
É um beijo de fome acumulada por semanas inteiras.
De uma tensão que cresceu dia após dia, hora após hora, olhar após olhar.
De dois corpos que tentaram negar inutilmente o inevitável até não restar mais força para lutar.
A boca dele devora a minha completamente, quente e insistente, firme e dominadora, urgente e necessária como ar. Minha respiração falha drasticamente quando ele aperta minha cintura com força bruta, aproximando nossos corpos num encaixe perfeito, torturante, absolutamente intoxicante.
Eu seguro o cabelo dele desesperadamente, puxando sem conseguir me conter um segundo sequer. Ele solta um rosnado baixo, um som primitivo que reverbera dentro do meu peito e faz meu corpo inteiro estremecer violentamente, da cabeça aos pés.