HANA
*
Eu olhei pra Ingrid e ela correu pra perto de mim, tirou o celular do meu ouvido e olhou pra tela.
Ingrid: Ah não, que cara de pau...
Ela colocou o celular no ouvido e começou a falar com a minha mãe.
Ingrid: Aqui é a Ingrid, o que a senhora quer?
— Oi Ingrid, tudo bem?
Ingrid: Estava até a senhora ligar.
— Eu preciso falar com a Hana.
Ingrid: Como a senhora tem esse número? Quem deu ele pra você?
Mãe: Eu tentei ligar pro número antigo dela e não consegui, então falei com um amigo que conseguiu o registro do novo número, agora que já respondi o seu interrogatório, eu posso falar com a minha filha?
Ingrid: Na verdade não, a Hana está muito bem sem você na vida dela, então faça o favor de não ligar mais.
— Espera Ingrid, deixa eu falar com ela.
Ingrid: Mas Hana...
— Por favor, deixe eu resolver logo isso.
Ela devolveu o celular pra mim e eu tive a conversa mais difícil da minha vida, porém necessária.
— Oi
Mãe: Hana, filha...
— Por favor, não me chame de filha, você não foi uma m