Valentina saía do banco naquele momento quando viu o Mercedes parado e Franco encostado no automóvel. Quando ela se aproximou, ele sem dizer uma palavra sequer abriu a porta do carro. Ela entrou e sentou no banco macio e confortável do carona, enquanto ele fechava a porta com delicadeza, dava a volta e sentava ao volante.
Enquanto dirigia ele falou apenas sobre o tempo e o calor. Conversaram amenidades e riram, porém ela o analisava o tempo todo. Gostava de Franco; gostava mais do que devia.
Ele parou o Mercedes na frente de um hotel luxuoso e disse a encarando:
— Já te fiz essa pergunta uma vez, mas vou fazer de novo: você me quer?
Ela corou. Não de timidez, mas do calor que subiu pelo seu corpo e lhe afogueou o rosto.
— Vem comigo? — Franco perguntou com os olhos fixos nela.
Ela permaneceu calada. Passou a língua nos lábios para provocá-lo. Ele continuou:
— Desde que te reencontrei tudo o que penso é ter você em meus braços.
Aquela conversa funcionava como choques elétricos passando