Lucian
Minha casa era um espaço oco, vazio e monocrático. Tudo ía do preto ao branco e do branco ao cinza. As única partes com vida eram o jardim e o meu quarto secreto. Mas isso não perduraria por muito mais tempo. Eu daria a ela permissão para remodelar, decorar e enfeitar a casa do jeito que ela quiser. Qualquer lugar que tenha sido tocado pelas suas mãos abençoadas, era um lugar digno de se viver. — Esse quarto é meio sombrio. — murmurou, varrendo o comodo com o olhar — Este será o meu quarto? — Este é o meu quarto... que a partir de hoje passa a ser nosso. Ela se vira para mim e me olhou surpresa, franzindo o cenho confusa. — No-nosso? — Sim nosso. — Uma mulher é um homem não podem dormir juntos... em pecado. — Quando você aceitar vir deliberadamente comigo, achou que nós fossemos brincar de casinha? Ela engoliu seco e apertou as laterais de seu vestido, a té os nós de seus dedos se tornarem brancos. — É pecado! — sussurrou, mordendo os lábios. — Você pode parecer pura, mas sua mente é perversa, vejo isso em seus olos... — Toquei em seu queixo e a fiz olhar para mim. — Os olhos são as janelas da alma. — Eu... eu sei que errei... — murmurou, olhando para baixo. — Errou? — Soltei uma risada profunda que a fez olhar para mim confusa — Quando você estava se esfregando em meu pau enquanto gemia ofegante na capela... não me pareceu um erro para mim, e tenho a certeza de que você adorou. Toda cor some de seu rosto, ela se divertiu do meu toque como se eu fosse a criatura mais impura na face da terra, e em partes eu era e não negava. — Eu não consigo dizer não a você... — confessou, em voz baixa — Não importa o quão forte eu tente, eu não consigo dizer não. Você é meu mártir. A minha desonra. A madre deve estar zanga, decepcionada e eu não me sinto tão culpada, me sinto suja. — Se a madre vai ficar zangada com você ou não pela eternidade, eu não me importo. Você veio comigo de Calábria até Palermo sem reclamar e não vai adiantar reclamar agora! — Apertei seus pulsos com força, e seus olhos se encheram de lágrimas — EuB sou um homem, não a porra de um príncipe de um conto de fadas. Essa Será sua nova vida, melhor ir se acostumando. — Eu não posso me deitar com você em pecado! — Não estava pedindo sua permissão, meu anjo. — acaricie sua bochecha, apanhando uma de suas lágrimas com o polegar e levei o dedo a boca saboreando o doce salgado do seu choro — Como minha noiva seu dever é obedecer seu futuro marido. — Nós vamos nos casar? — perguntou, em choque — Nós não nos amamos. — Deveria ter pensando nisso antes de beijar um estranho. Eu prometi que te faria minha mulher. Sou um homem de palavras princesa. — Um casamento... — Sussurrou, ainda em transe. — Você tem três semanas para se acostumar com a ideia de que logo será minha. — Beijei sua testa e enxuguei suas lágrimas. — Três... semanas... Ela pareceu se perder em uma memória, pois suas bochechas ficaram ruborizadas e seu olhar tremeu em pânico. — Não precisa se preocupar com nada, somente em se tornar minha esposa perfeita. — Segurei sua mão e deixei um beijo, igual um cavalheiro. — Venha, vamos jantar antes que a comida esfrie. — Eu não posso me casar. — Me olha assustada, seus olhinhos de cachorro perdido suplicando por um outra saída . — Sinta-se a vontade para voltar pro convento quando você quiser, mas lembre-se que todas suas queridas irmãs viram você se entregando ao prazer em meu braços, elas até devem ter escutado os seus gemidos.. — Sorri vitorioso, recebendo seu silêncio como resposta. — Como imaginei. Agora meu anjo tente não testar os limites da minha paciência. Não sou um homem muito benevolente. — Você vai me machucar?— perguntou, se acuando. — Eu não iria te machucar, meu anjo. Mas não conteste sobre o nosso casamento, e nunca vá contra as minhas ordens. Entendido? — Ela assentiu — Palavras, cara mia! — Sim eu percebi. — Ótimo, agora vamos comer que amanhã você tem muito o que fazer — Eu? — Quero que você redecore a casa. Faça o que quiser com ela. — Sério? — Sim, mas você fará tudo isso de casa. Um sorriso amplo de orelha a orelha iluminou seu rosto, e naquele momento percebi que Lilian era fácil de manipular. Ela se contentava com o pouco de amor e carinho que recebia. Guei ela até a sala, escutando ela tagarelar sobre como sempre quis ter uma casa para decorar. O que uma garota tão cheia de vida, estava fazendo confinada em um convento nos confins da Sicília? — Obrigada. — agradeceu, sorrindo com timidez. Ajeitei sua cadeira e deixei um beijo em seus ombros antes de seguir por meu lugar e me sentar. — Pode comer meu anjo. — Falei abrindo uma garrafa de vinho tinto, e servindo duas taças. Ela se serve ainda com timidez, cada movimento seu era tão fofo. Meu coração aperta e minha voz interior grita, sinto uma ânsia de tranca-la nessa casa, só para mim. Igual um lindo rouxinol. — Você não vai comer? — Eu quero comer você. — seu rosto ficou vermelho com minha declaração. — Bea me disse... eu tenho um pouco de noção do que você quer. — Baixou a cabeça envergonhada, enchendo sua boca de comida. — Você não tem, acredita em mim. — Bebi a primeira taça de vinho em um só único gole — Fico doente tentando ser um homem moral. — Você está doente? — Ela largou o prato e se inclinou para frente, suas mãos suaves atestando a minha temperatura. — Meu Deus você está ardendo de febre. Tudo o que ela fazia era na maior ingenuidade, poderia enxergar preocupação genuína em seus olhos. — Não faça isso meu anjo. — rosnei, fraco segurando suas mãos impedindo que ela continuasse me tocando. Eu nem se quer tinha estado dentro dela, mas meu corpo reagia como se ela estivesse escrita em meu código genético. Como se Lilian fosse a parte que faltava em mim, a gasolina para as minhas chamas. — Está doendo? — perguntou, tentando escapar do meu aperto — Me solta para que eu possa preparar algumas compressas frias para você. — Está doendo e muito Lilian. Mas suas compressas não irão me ajudar em nada. — Puxei seu corpo para mais próximo do meu. — Você cheira tão bem. Seu aroma me deixava insano a cada segundo, eu não sabia se queria abraça-la, chamá-lo de amor e dar tudo que ela deseja ou arrancar sua voz para que eu fosse o único a escutar. As vezes eu só queria quebrar seu lindo pescoço porquê ela era minha nêmesis. Porquê aqueles pensamentos me deixavam excitado, mas ao mesmo tempo incapaz de fazer algum mal a ela. Talvez eu realmente esteja apaixonado. — O que eu posso fazer para te ajudar. Me dói te ver sofrendo. — Não estou com febre. — Afastei minha cadeira para trás e a puxei pro meu colo. — O que eu sinto não é febre. Ela me olhou confusa e ofegante, procurando por respostas na mesma intensidade que seu corpo respondia ao meu,sincronizados. Ela segurou meus ombros e se moveu, o calor de sua boceta ignorando qualquer barreira existente entre nós. — Se não é febre, porquê você está ardendo? Sorri tocando seus lábios e não me contive. Eu precisava beija-la, sentir seu corpo entregue a mim, a forma como ela derretia em minha língua, como a cada beijo ela parecia melhorar. Eu só tinha uma coisa a dizer... o beijo dela tinha o gosto do paraíso, eu já havia experimentado do pecado e suas tormentas e nunca soube tão bem quanto o gosto do seu beijo. — Estou ardendo de tesão, meu bem. — Encostei nossas testas. Ela se encontrava no mesmo estado que o meu, tentando recuperar o fôlego. — Lucian... — chamou pelo meu nome como se estivesse pedindo por mais — Acho que também estou com febre. — Tesão, dolcezza. Tesão. — rectifiquei. Toquei em suas coxas, puxando o vestido para cima. A atmosfera pegava mais fogo a cada que meu em sua pele, mordi a base de seu pescoço e lambi toda extensão até o lóbulo da orelha. Meus dedos memorizando cada estria em suas coxas grossas. — A calcinha é muito explícita, mas eu não achei outra.. — tentou se explicar, se embolando em suas próprias palavras. — Shi... — mordi sua clavícula e pressionei o polegar em seu clitóris através do tecido fino rendado — Eu quem comprei. Ficou perfeita em você. — Lucian isso, isso... — engoliu seco, ofegante e lentamente encostou sua cabeça em meu ombro, me abraçando. — Isso? — provoquei, e afastei sua calcinha pro lado. Brinquei com seus deus s espalhando sua lubrificação — Isso o quê, meu anjo? — Não é errado? — Você acha que é errado? — Não é pecado? — A religiosa aqui é você! — meu dedo deslizou facilmente para dentro dela. Lilian gemeu e apertou meus braços — Você está me deixando foder sua boceta com o meu dedo. Ainda acha que é pecado? — Preciso urinar... — murmurou. Me senti obrigado a parar antes que as coisas escalassem para outro patamar, eu não queria que ela se sentisse pior por ter feito sexo comigo antes do casamento. Porquê se fosse por mim, eu já a teria fodido em todos os cantos dessa casa, mas como eu disse antes. Algo me faz querer beijar o chão em que ela passa, mas também me faz querer destruí-la. Aquela era a linha tênue entre a paixão e obsessão.