No dia seguinte, acordei com uma leve dor de cabeça, que logo se intensificou graças à pilha de relatórios nos quais passei o dia mergulhada.
Ouvi passos se aproximando e, ao levantar os olhos, deparei-me com Magie parada à minha frente com seu típico olhar carrancudo.
Perfeito. Justo o que eu precisava para piorar a dor de cabeça: a voz irritante dessa cobra invejosa.
— O que foi, Magie? Não tem nada melhor para fazer do que ficar aqui me encarando?
Ignorei propositalmente e voltei ao relatório, enquanto ela resmungava algo inaudível.
— Você nem deveria estar aqui depois do que fez. Sorte a sua que é a queridinha do chefe — rebateu com desprezo.
— Verdade, Magie, verdade — respondi calmamente.
Ela se aproximou da mesa, tentando chamar minha atenção, sedenta pela satisfação de me desestabilizar. Mas seria um dia frio no inferno o momento em que eu me importaria com a opinião dessa idiota.
— Você não me engana, Ruby. Essa sua pose de boa moça um dia vai ser desmascarada.
Levantei os ol