DESCOBRIR O PARADEIRO

– Se não vou aos seus desfiles é porque a bela filhota nunca mandou um convite sequer, então concluí que não se sentiria à vontade na minha presença. Algumas meninas sentem vergonha dos pais quando desfilam pra lá e pra cá. – Ela ri.

–– Pai, a última coisa que eu sou é tímida – confessa sem receio.

–– Pois eu espero que se mantenha longe de meninos – falo às pressas. – Você é só uma garotinha.

–– Tenho vinte e um anos – diz com certo sorriso. – April é a caçulinha da casa, não eu. Apesar do senhor rejeitar o fato de que é o pai adotivo dela, deveria ir vê-la um dia desse.

–– Não quero que repita que ela é minha filha – peço tomado pela dolorosa vergonha de estar coberto pela luxúria por alguém com idade para ser minha filha. Por uma mulher que adotei mesmo sem conviver comigo.

–– Tudo bem, pai – diz com tom de derrota. – Amo a April, não continue a magoando – pede como se implorasse.

Olho em seus olhos, mal sabe ela o que a tal garota fez com meu espírito de “homem que tudo pode” e qu
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