A porta foi empurrada e, instantes depois, Morpheus entrou carregando uma bandeja de comida. Eu me surpreendi ao encontrá-lo de novo e senti um misto de alívio por ele ter vindo me procurar, mas também de mágoa pela forma como me tratou. Mesmo assim, eu ainda confiava nele.
— Morpheus?
— Você precisa comer esse mingau para aliviar a ressaca. — Disse ele, ignorando o espanto estampado no meu rosto.
Naquele instante, tudo o que acontecera na noite anterior me veio à tona. Lembrei dele lutando por mim, mesmo quando dizia não se importar. Ele sempre estivera ali para me defender, e seus gestos me deixavam completamente confusa.
Fiquei sentada, observando-o enquanto realizava suas tarefas. Então ele retirou um vestido da bolsa de couro e o estendeu sobre o colchão, como se nada de ruim tivesse acontecido na noite anterior.
— Você também pode trocar de roupa. — Disse ele, depositando o vestido na cama.
Eu me perguntei por que, de repente, ele se mostrava tão gentil. Porém, apesar da voz suav