LAIKA
Fui arrastada pela floresta pelos galhos e perdi todo e qualquer controle do corpo até que eles me largaram aos pés de três homens de aparência assustadora. Assim que os ramos me soltaram, encarei-os — eles também me fitaram, imóveis e silenciosos. Sentei-me, sentindo o corpo latejar de dor, e devolvi o olhar carregado de raiva.
— Quem são vocês e por que me arrastaram até aqui? — Perguntei, tão irritada que mal conseguia disfarçar.
A espada ficara pelo caminho; restavam-me apenas facas e machadinhas, e eu duvidava ter chance contra aqueles gigantes ameaçadores… ou talvez tivesse. Eles continuaram mudos. Suspirei, virei-me para partir e congelei ao notar, à direita, uma pilha de crânios humanos. Um vazio abriu-se no estômago; engasguei, sentindo a náusea subir. Num reflexo, saquei a faca menor e a ergui.
— Juro pelas luas que mato vocês se chegarem mais perto. — Os homens trocaram olhares, mas permaneceram em silêncio. — Vocês falam? Conseguem me ouvir?
Se desejassem me ferir, já