LAIKA
A notícia me deixou atordoada — o chão pareceu sumir sob meus pés. Encarei Vovó Luzy com os olhos marejados; eu mal conhecia aquela mulher, mas intuía que era uma alma bondosa. No breve período que partilhamos, lhe percebi que ela não fazia distinção entre as pessoas e imaginei o quão agradável devia ser conviver com ela.
Sekani cobriu o rosto com um cobertor para ocultar as próprias lágrimas, e as minhas, então, correram livres.
— Ela era a mulher mais velha do Bando. Merece descansar. — Disse ele, afastando-se do leito.
— Mas por que ela morreu de repente? Logo agora que viemos falar com ela?
Sekani soltou um suspiro profundo.
— Há, ao que tudo indica, uma força agindo aqui. Ela não deu qualquer sinal de que partiria.
— Sinto muito, Sekani. — Segurei a mão dele. — Você está bem?
— Eu a amava, porém estou firme. Preciso avisar Alfa. Ela receberá um funeral digno.
— Ajudarei no que puder.
— Agradeço de coração. Agora você precisa desvendar a verdade sobre si mesma. Permaneça ao l