LAIKA
Deitei-me ao lado de Karim. O braço dele repousava despreocupadamente sobre meu corpo nu; nossas pernas permaneciam entrelaçadas enquanto nos fitávamos, embalados pelo coro distante de milhares de guerreiros espalhados pela montanha.
— Eu deveria deixá-los partir. Sinto o conflito dentro de cada um e não quero mantê-los aqui, condenando-os a sofrer. Eles treinam dia e noite para erguer uma cidade fortificada. — Disse ele.
— Você não acha sorte ter homens tão leais? — Perguntei.
— Chame de sorte, chame de carisma. Alfas sempre carregam esse tipo de poder.
— Mas esses guerreiros oferecem a vida por você. Não te temem tanto quanto te respeitam. É prova de que és um líder verdadeiro e justo.
— Eu lidero como se deve.
— Porque tens um coração enorme.
— Não sou complacente, meu amor.
— Pense como quiser. Eu sei que você não é cruel nem brutal, ao contrário do que muitos acreditavam — essas seriam as últimas palavras que eu usaria para o descrever.
— Está dizendo que meu rosto já não te