LAIKA
Observei enquanto arrastavam o intruso até nós; quando chegou mais perto, reconheci Sekani.
— Sekani. — Chamei, dando um passo à frente. Karim, porém, prendeu a minha mão e balançou a cabeça. Obedeci, mas a preocupação mordia meu peito.
Havia tempo que não via Sekani, e ele se apresentava em estado lamentável: sujo, coberto de sangue seco. Vários guerreiros o empurraram e o obrigaram a ajoelhar-se a nossos pés, cena que me revoltou.
Quando ergueu o rosto, notei o lábio inferior rasgado, o olho esquerdo completamente fechado pelo inchaço e a bochecha tumefata.
— O que aconteceu com você? — Perguntei antes que pudesse me conter.
— O que te trouxe até aqui? — Sobrepôs-se Karim, a voz firme.
Sekani tentou responder, mas sangue escorreu-lhe pelos lábios.
— Saúdo Alfa Karim, Luna Laika.
— Laika está bem, obrigada.
— Então? — Insistiu Karim.
— Ele voltou. — Murmurou Sekani, tossindo; outro jorro rubro manchou o chão.
Voltei-me para Karim.
— Por favor, precisamos ajudá-lo. Ele vai morr