LAIKA
— Estão felizes agora? — Indagou ancião Akim, fitando-nos. — Contemplem o sangue destas pessoas, derramado pela desobediência e pelo egoísmo de vocês.
Antes que eu piscasse, Karim já se erguera e seus dedos crispavam-se em torno do pescoço de ancião Akim, erguendo-o do solo. Endireitei-me num ímpeto.
— Karim, Karim, solta ele. — Roguei. Ele voltou o olhar para mim e deixou o ancião cair. Ofegante, o homem passou a tossir. — Esta batalha não é contra o seu próprio povo, Karim, e sim contra um inimigo comum. Por favor, seja tolerante com eles. Quanto a partir… eu vou embora.
— Ancião Akim, esta luta não é por Alfa Karim nem por nossa Luna — é pelo bando. Um inimigo nos tomou de surpresa, precisamos unir forças para derrotá-lo. — Advertiu Beta Jago.
Várias pessoas já se aglomeravam; os guerreiros aproximavam-se em silêncio.
— Você não pode partir agora. — Disse Karim, num tom que soou mais ordem que pedido.
Ele exigira que eu jamais o contestasse em público — e, desde então, eu o at